Eugen Pfister
Investindo na fraqueza e, secundariamente, na força, continuaremos
a produzir maciçamente alunos, profissionais, cidadãos e pessoas medianas
convivendo com um pequeno grupo de indivíduos considerados superdotados de
inteligência e talento.
Considere a totalidade de conhecimentos e habilidades que a
sociedade demanda para sobreviver e você logo descobre que individualmente as
carências superam as suas forças. A atual complexidade sócio, econômica e tecnológica
só permite que tenhamos até cinco áreas de excelência pessoal. Mesmo assim, a
escassez de pontos fortes e abundância de pontos fracos não deveria ser um
problema. Isto é, desde que se organize a vida e o trabalho de tal forma que as
fraquezas sejam compensadas pelas forças.
É um fenômeno sinérgico. O que você e eu temos somos forças diferentes. O profissional multitarefa com desempenho superior em todas as especialidades é um mito, o que existe são especialistas nas diferentes funções que se complementam.
Peter Drucker tem razão. A pergunta nunca é o que uma pessoa
não pode fazer, mas sim, “o que ela pode fazer extraordinariamente bem?” Ou
seja, o preço do sucesso é a especialização e não a diversificação. Não é que
podemos fazer e sim o sabemos fazer melhor que os outros.
Quais dificuldades
você encontra em pensar fora da caixa nesta questão?
Devemos insistir em
desenvolver os pontos fracos e fortes ou devemos no concentrar nos pontos
fortes?
Nota
* In. Drucker, Peter Ferdinand; O Gestor Eficaz, Rio de
Janeiro, LTC, 2011, pg. 96. Edição original em inglês, 1966.