Eugen Pfister
Apesar de ser óbvio que ter as pessoas certas nos lugares certos as
coisas costumam tomar outro caminho pese as boas intenções e, assim, desvirtuam
os resultados esperados. Considere o caso das enfermeiras que atuam (a) num
consultório particular; (b) em um pronto socorro; (c) num hospital de
internação para tratamento mais longo. Poderíamos ir mais longe e comentar o
caso daquelas que trabalham na maternidade ou com pacientes terminais e assim
por diante.
Todas elas são enfermeiras, porém, exercem tarefas específicas junto a pacientes específicos e requerem talentos, conhecimentos e habilidades particulares, como Peter Drucker já tinha observado.
Uma enfermeira de um consultório
médico particular é em parte a pessoa que cuida da agenda do médico e dos
pacientes e em parte uma assistente que atua sob a orientação do médico. Em um
pronto socorro atua mais na parte de tratamento de ferimentos causados por
acidentes e acalmando parentes e vitimas, ajuda no diagnóstico de doenças,
tendo que ser rápida e despender pouco tempo com cada paciente.
A enfermeira do hospital
particular deve possuir conhecimentos mais específicos acerca de doenças
particulares e desempenhar um papel de maior contato humano com os pacientes
para aliviar a dor ou sofrimento psicológico causado pela doença. Embora ocupem uma mesma função - enfermeiras - seus talentos e competências não são intercambiáveis. O talento e a competência que serve a uma não serve a outra; essa é a regra.
Enfim, cada uma deve possuir
talentos particulares específicos, isto é, padrões recorrentes de pensamento,
sensação ou comportamento que possam ser usados produtivamente: adaptabilidade,
autoaprendizagem, comunicação, empatia, foco, orientação para problemas, etc. -
e competências (conhecimentos e habilidades), específicas para destacar-se
profissionalmente. O conhecimento técnico permite que ela seja perita no que
faz, mas o talento é alma que a distingue das demais enfermeiras.
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