terça-feira, 19 de novembro de 2013

Talento e a profissão da enfermagem

Eugen Pfister

 
A administração é uma teoria sobre como trabalhar com pessoas para atingir resultados excepcionais para os clientes, acionistas, empresas e empregados. Peter Drucker, por exemplo, insistia que as organizações direcionassem a sua atenção para as clientes e empregados que, na essência, definem o sucesso de uma empresa ou instituição. Elas devem deter a chave do presente e futuro do negócio e possuem os pontos fortes necessários à função. É estranho pensar em uma organização que descuide desse aspecto, porém, a dura realidade é que isso acontece com frequência.

Apesar de ser óbvio que ter as pessoas certas nos lugares certos as coisas  costumam tomar outro caminho pese as boas intenções e, assim, desvirtuam os resultados esperados. Considere o caso das enfermeiras que atuam (a) num consultório particular; (b) em um pronto socorro; (c) num hospital de internação para tratamento mais longo. Poderíamos ir mais longe e comentar o caso daquelas que trabalham na maternidade ou com pacientes terminais e assim por diante.

Todas elas são enfermeiras, porém, exercem tarefas específicas junto a pacientes específicos e requerem talentos, conhecimentos e habilidades particulares, como Peter Drucker já tinha observado.

Uma enfermeira de um consultório médico particular é em parte a pessoa que cuida da agenda do médico e dos pacientes e em parte uma assistente que atua sob a orientação do médico. Em um pronto socorro atua mais na parte de tratamento de ferimentos causados por acidentes e acalmando parentes e vitimas, ajuda no diagnóstico de doenças, tendo que ser rápida e despender pouco tempo com cada paciente.
A enfermeira do hospital particular deve possuir conhecimentos mais específicos acerca de doenças particulares e desempenhar um papel de maior contato humano com os pacientes para aliviar a dor ou sofrimento psicológico causado pela doença.

Embora ocupem uma mesma função - enfermeiras - seus talentos e competências não são intercambiáveis. O talento e a competência que serve a uma não serve a outra; essa é a regra.

Enfim, cada uma deve possuir talentos particulares específicos, isto é, padrões recorrentes de pensamento, sensação ou comportamento que possam ser usados produtivamente: adaptabilidade, autoaprendizagem, comunicação, empatia, foco, orientação para problemas, etc. - e competências (conhecimentos e habilidades), específicas para destacar-se profissionalmente. O conhecimento técnico permite que ela seja perita no que faz, mas o talento é alma que a distingue das demais enfermeiras.

  

 

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