Eugen Pfister
Só que a questão é mais complexa.
Questionaria, por exemplo, se a paixão se dirige apenas à natureza do trabalho
– contador, eletricista, cirurgião etc. – ou vai além da tarefa em si. O quero
dizer é se o trabalho pode propiciar uma oportunidades maior que aquela
definida no cargo atual.
Exemplos: prazer inventar uma
nova ideia, encontrar meios de baratear o que o cliente paga ao fisco, baratear
o custo da energia, ou ainda, resolver enigmas da mente ainda não descobertos.
Enfim, são algumas das muitas possibilidades que ultrapassam a função. A ser
verdade, há uma ideia impulsionadora que nos leva para além da tarefa em si.
Segundo Peter Drucker, aqueles
que apresentam um alto desempenho demonstram um amor enorme pelo que fazem. Eles são mais que
enfermeiros, contadores ou pesquisadores da mente humana. Procuram exceder-se, ser melhor no que fazem
e acrescentar novos valores ao que fazem.
Claro que nem tudo no trabalho é
diversão. Há muito rotina e coisas aborrecidas no dia a dia, porém, eles as
enfrentam sem preguiça como parte do pacote global. O sucesso aumenta o prazer
e com ele aumenta o sucesso. É muito difícil pensar diferente: o fracasso
contínuo não é prazeroso, salvo para pessoas problemáticas.
Portanto, na seleção, você
procura pessoas que são especialistas, mas que, ao mesmo tempo, se encantam e
excedem no que fazem. Esse é um dos ingredientes de uma organização que
aprende: profissionalismo e diversão em relação ao trabalho.
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