Eugen Pfister
Liderança é um tema apaixonante.
Há incontáveis livros, palestras e seminários a respeito do tema com relatos de
pessoas extraordinárias que movem montanhas para conseguir seus objetivos.
O líder pode ser uma pessoa excepcional que
mobiliza energias de terceiros em prol de uma causa comum. O único problema é que não há personalidades
exuberantes em quantidade suficiente para preencher todos os postos gerencias. Ele tem seguidores e
estes acompanham as suas pautas. Isso não quer dizer que conseguir influenciar
os outros para obter o que se quer tenha valor real para a organização. Muitas
vezes significa justamente o contrário: um malefício para a instituição a favor
de um benefício pessoal.
O líder não é pago pela sua
personalidade, por conseguir que os subordinados estejam a seu
serviço e menos ainda para obter o que deseja. Ele é pago para conseguir
resultados para a organização. Se estes estão equivocados, e costumam estar,
cabe ao líder discutir e batalhar para sanar o erro.
Ser eficaz versus liderar, está é a questão de fundo. Pode-se liderar de
diferentes perspectivas, mas não se pode ser eficaz adotando um enfoque
multidimensional. Há poucas maneiras de fazer a coisa certa (ser eficaz) e
múltiplas de fazer as coisas bem feitas (eficiência) ou mal feitas (ineficiente
e ineficaz).
Não se trata só do líder. Há uma
organização e acima dela clientes e é nessa fonte que se deve buscar as
respostas que definem o líder eficaz. Só assim renunciamos a discutir a
personalidade do líder e entramos num terreno que tem sentido para os negócios.
E este, definitivamente, não é saber se o líder tem mais ou menos personalidade
ou mais ou menos carisma.
O importante é que o líder reflita
sobre a missão da organização, a defina e a enquadre à posição e função do
organograma, a descreva de forma clara, simples e apaixonante, tenha a equipe formada
pelas pessoas certas e energizá-las para que façam a missão acontecer.
Pessoas assim são mais fáceis de
encontrar e mais fáceis de formar que pessoas dotadas de superego ou carisma. O
fato é que, com mais ou menos personalidade, com ou sem carisma, o que
realmente importa é que a liderança consiga que a organização tenha uma
história de crescimento sustentado ao longo do tempo.
E isso é algo que só os líderes
eficazes, centrados em resultados e moralmente corretos, são capazes de
assegurar.
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