quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Mudando paradigmas

Eugen Pfister

 
Os executivos constroem a carreira em torno de um paradigma gerencial que compreendem e dominam como poucos. O velho paradigma sofreu um ou outro aperfeiçoamento, mas para todos os efeitos é estável, confiável e operante.

Sabemos, contudo, que as coisas mudam e por mais confiantes que estivessem, chega o momento em que devem enfrentar uma mudança radical. Fazer mais e melhor do mesmo já não é suficiente; é preciso arriscar com uma nova ideia.

Aí entra um dilema que, em maior ou menor grau, todos enfrentam: como mudar? Muitos ficam paralisados por medo de abandonar o conhecido e aventurar-se num território para o qual contam com algumas indicações, uma bússola, mas não com um mapa.

Este é o tempo de uma demanda por líderes excepcionais. Pessoas com a vocação para correr riscos, empreender, inovar. Enfim, o tipo de pessoa que não se encontra facilmente por aí.

Um dessas pessoas foi Jack Welch. Ao assumir o cargo de CEO em 1981 não estava sob  pressão para mudar a organização; mesmo assim mudou. O valor de mercado da empresa estava em torno de 12 milhões de dólares. Ao deixá-la multipicou por vinte e cinco esse valor.

Qual foi o seu segredo? O que o impeliu a mudar o paradigma quando, diga-se, não era pressionada para fazê-lo. A resposta exige um tratado sobre gestão inovadora, mas o próprio Welch nos deu uma pista quando reconheceu que duas questões básicas de Peter Drucker o motivaram a mudar. A primeira foi: “se você já não estivesse nesse negócio, você entraria nele hoje?” A segunda, um pouco mais difícil: “o que você fará a respeito?”

Segundo Welch as perguntas de Drucker facilitaram pensar nos negócios lucrativos, nos não lucrativos e a modernizar a GE. Daí, a famosa diretriz: ficar apenas nos negócios em que somos líderes e vice líderes posições e abandonar as restantes.

Portanto, construa seu plano de transformação e mude antes que o alguém o faça no seu lugar.

 

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário