terça-feira, 25 de junho de 2013

Os pontos fortes são a solução

Eugen Pfister

 
Um leitor observa que não consegue “visualizar um grande projeto baseado nos pontos fortes no que se refere ao desempenho humano no trabalho”. Ele não crê que se possa discutir essa questão omitindo os pontos fracos das pessoas. Eu também não. Só que extraímos conclusões diferentes do mesmo fato. Vejamos...
Os pontos fortes são padrões recorrentes de pensamento, comportamento e sentimento que nos fazem agir de determinada forma. Eles são inatos. São forças embrionárias que devem ser desenvolvidas pelo ensaio e erro, pela experiência, educação e treinamento até se converterem em competências. Malcolm Gladwell, por exemplo, afirma que são necessárias 10 mil horas para desenvolver um desempenho extraordinário em uma área profissional.  (Fora de Série, Sextante, Rio de Janeiro, 2008).

Independente do fator tempo, a questão é que os pontos fortes e as fraquezas são inevitáveis, são inatos. Por isso, o que podemos fazer é levar os pontos fortes a um alto grau de excelência,   mas não podemos fazer o mesmo com as fraquezas. Quando muito conseguimos driblá-las tornando-as menos nocivas. Elas nunca serão pontos fortes.

As organizações e líderes eficazes, focados nos resultados, simplesmente tomam decisões baseados no que o indivíduo pode fazer bem e evitam exigir que o subordinado se dedique a superar as fraquezas. Insisto nesse ponto: você não pode esperar grandes feitos apostando no cavalo errado. Mas pode esperar grandes realizações apostando no cavalo certo. O único propósito de se conhecer um ponto fraco inato é evitá-lo, mas como as organizações não creem que existam limitações ao que ao indivíduo é capaz de realizar, elas insistem em reparar o que natureza colocou como limite.

Cada um de nós traz consigo um número limitado de características pessoais inatas que são as áreas embrionárias de excelência. Descubra-as. Invista nelas. Construa uma equipe diversificada nas competências, porém amarradas a objetivos comuns. Trabalhe os pontos fortes de cada membro. É assim que se constroem empresas e profissionais produtivos.

Entre outros que pensam assim, cito Peter Drucker, o pai original da ideia, Jim Collins, Marcos Buckingham e Curt Coffman. Os dois último citados, junto como Gallup, durante 25 anos, entrevistaram mais de 1 milhão de pessoas em vários países corroborando a teoria dos pontos fortes.

E, sabem o quê? Todos concordam que não só é viável como é o único modo de conseguir alta produtividade das pessoas.

 

 

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