Eugen Pfister
Porém, uma das suas funções
essenciais e na qual ele é decisivo é a relação organização / sociedade,
principalmente se considerarmos a grande influência que as forças externas –
mercado, economia, política, tecnologia, opinião pública – exercem no destino de uma organização. Como disse
Peter Drucker, dentro da empresa só há custos; os lucros ocorrem fora dela.
Interpretar as informações
externas e deliberar sobre o que fazer internamente é a principal
responsabilidade do Presidente. Ele é a face visível da empresa, o porta-voz, a
autoridade abalizadora das decisões. Por isso, Presidentes que atuam
internamente são fracos e perigosos.
É claro que não me refiro a
figuras treinadas em relações públicas e sim a conhecedores profundos do
mercado. Eles têm um conhecimento intelectual e/ou prático da sociedade e da
capacidade da empresa em atender a necessidade
do cliente, e agem decisivamente em função do que conhecem.
Outras três lições responsabilidades do CEO são:
conhecer efetivamente o mercado e não apenas pelos relatórios de marketing e
finanças; compreender se os produtos ou serviços estão sendo aceitos e o que
deve ser feito para melhorar o índice de aprovação, e colocar a equipe organizacional a serviço
do cliente.Essa análise abre as portas para uma série de questões vitais para a organização: qual é o nosso negócio? O que deve ser feito? O que deve deixar de ser feito? Quais resultados são relevantes? Decidir entre fluxos de curto ou longo prazo? Quais são as pessoas certas?
É simplesmente espantoso o número de horas gastas em temas irrelevantes para os clientes, horas consumidas em atividades incorrendo em custos que o cliente não deveria pagar.
Optar pelo produto, usá-lo e ser fiel a ele são três momentos decisivos que o cliente exerce nessa relação. Isso lembra a insistência com que Ross Perrot (fundador da Electronic Data System – EDS –, posteriormente adquirida pela General Motors) falava da importância dos executivos da companhia dirigirem seus próprios carros. O objetivo de Perrot com essa orientação era perguntar ao executivo se, ao dirigir o carro, ele tinha vivenciado uma experiência memorável ou não.
Essas são as questões que
determinam o quanto o CEO é relevante para o futuro e bem estar da organização.
Eugen, parabéns pela visão estruturada e pela clareza com a qual expôs as demandas e questões do CEO. Gostei muito de refletir sobre a necessidade de conhecer a área externa para planejar e executar dentro da empresa. Muito bom!
ResponderExcluirSupondo que o CEO seja isso mesmo, o principal executivo da empresa, e não seu dono ou sócio, sua função é executar aquilo que foi decidido pelos responsáveis pela estratégia da empresa: os donos, acionistas, conselho.
ResponderExcluirPara isso, o CEO deve conhecer muito em as capacidades existentes, as necessidades de suplementação e a capacitação de seus subalternos.
Deve possuir capacidade de liderança, para fazer as coisas acontecerem e deve conhecer o mercado, para saber o que deve ser feito para que a empresa tenha sucesso.
Ser um bom CEO é difícil. É como ser um estadista.