terça-feira, 5 de março de 2013

As pessoas são o maior capital

Por Eugen Pfister

 
Gerentes passam boa parte do tempo cuidando de assuntos envolvendo pessoas e relacionamentos, o que é absolutamente coerente, uma vez que as organizações são movidas pelas pessoas, pelas suas forças e, no pior dos casos, pelas suas fraquezas.

O desempenho humano é a base inteligente, criativa e proativa da capacidade organizacional de obter resultados. O que torna a liderança de pessoas uma das principais tarefas de um gestor. Usei   termo tarefa, por quatro motivos. O primeiro, para confrontar a tendência de procurar soluções miraculosas para elevar o desempenho humano (e organizacional) do dia para a noite, por meio de um evento (palestra motivacional, workshop de fim de semana) e não de um processo continuo.

O segundo é porque aperfeiçoar o desempenho é trabalho duro, árduo, diário e sistemático, sem milagres, portanto. Terceiro, é que antes de colocar a mão na massa (tarefa) é preciso definir o que precisa ser feito para obter o resultado desejado. Quarto, sabendo o que deve ser feito é preciso definir com que pessoas queremos e devemos trabalhar para ter sucesso.

Portanto, não se trata de valorizar a pessoa abstrata e sim as pessoas com as quais escolhemos trabalhar, por terem o perfil esperado, o compromisso e a paixão pelo trabalho que realizam e pelos resultados que apresentam.

Uma responsabilidade gerencial intransferível é escolher as pessoas que formarão a equipe. Jim Collins lembra que antes de subir ao ônibus o gerente-condutor deve definir que embarca e quem desembarca.

Dado o objetivo organizacional, o projeto ou a tarefa é essencial contar com as pessoas certas e nos lugares certos, antes de dar a partida e só descobrir no meio do caminho que não a equipe não está à altura da viagem. É bem mais humano demitir enquanto o ônibus estiver estacionado que no meio do percurso.

Valorizar as pessoas é reservar um lugar no ônibus onde o subordinado brilhará naturalmente sem ter que ser controlada e nem motivada pelo superior para fazer aquilo para o qual está sendo pago.

Acredito que desligar profissionais cujas aptidões ou projetos de vida não estão sintonizados com as necessidades organizacionais é uma forma de valorização. É como se tivéssemos dizendo: “este não é o lugar em que você poderá se auto realizar, ser produtivo e feliz”.

Para ser valorizada a pessoa deve destacar-se. E não há nada mais apropriado para lograr isso que fazer as escolhas de vida e carreira que nos coloquem nos lugares em que podemos empregar com sucesso os dotes genéticos herdados e as competências pessoais e profissionais desenvolvidas.

Se você está no ônibus errado não espere o seu chefe tomar a decisão em seu lugar.

 

 Questões

 Qual a sua opinião sobre quem manter e a quem demitir são essenciais para os resultados organizacionais.
 
Você está no ônibus certo?

Um comentário:

  1. Muito bom o tema do Artigo.
    Defendo que maquinas equipamentos todos tem acesso, portanto pode ser padronizado. Agora a qualidade e o resultado obtidos dependem das pessoas.
    Aos gestores cabe definir as capacidades e o resultado esperado monitorando e ajustando as necessidades e o esforço empreendido durante o percurso. As chances de adaptação, treinamentos inerentes dever ser disponibilizados, mas se o recurso humano não se adaptar aos resultados esperados, infelizmente devem ser substituídos.
    Recurso Humano o único diferencial competitivo!

    ResponderExcluir