quarta-feira, 13 de março de 2013

Melhorar as pessoas ou torná-las produtivas?

Por Eugen Pfister




O mundo dos negócios é o lugar certo para nos tornamos profissionais melhores, não é o lugar para nos tornarmos pessoas melhores. Essa é uma qualidade que adquirimos na infância ou teremos dificuldades mais adiante. Caráter e integridade são obrigações do subordinado, o gerente se certifica que ele as possui, cobra coerência entre valores e açoes e age sempre que necessário. Em sintese, se o indivíduo não as possui não devia ser contratado. 

O gestor eficaz não pergunta se ele gosta do subordinado e sim se está satisfeito com o trabalho e a contribuição que o subordinado realiza em prol dos objetivos organizacionais. É o que realmene interessa 

A forma mais simples, direta e à prova de erro para conseguir isso é investir nos pontos fortes dos subordinados, o que significa que os objetivos e as tarefas designadas a eles devem estar de acordo com a experiência e qualificações profissionais pelas quais foram contratados.

A ideia de desenvolver os pontos fracos é nobre, porém é ineficaz. Primeiro. O volume e o ritmo intenso de trabalho nas organizações exigem que as pessoas se dediquem a atividades específicas. Mal sobra tempo para cumprir com as próprias obrigações, o que dirá tentar ser multitarefeiro. Profissionais que atingem a excelência profissional são especialistas e não generalistas.

Segundo. Boa parte dos pontos fracos não é mero acidente de percurso resultante da falta de oportunidade para desenvolvê-los. Eles refletem a falta de aptidões pessoais para determinadas atividades. Por que perder tempo que não temos tentando obter melhorias medíocres de desempenho, no lugar de capitalizar em cima das forças individuais?

O alto desempenho valoriza o profissional, aumenta o seu coeficiente de empregabilidade, abre novas oportunidades de ganhos salariais e promoções, fortalece a autoconfiança e estima. Não existe um motivador mais forte para o indivíduo, a organização, o cliente e a sociedade que aquele que resulta do trabalho bem feito, reconhecido e recompensado.

Enfim, multiplicar a capacidade de desempenho das pessoas é essencial para o sucesso delas e da organização. E o que fazer com as outras aptidões que não podem ser aproveitadas no contexto do trabalho, mas são importantes para realização do nosso potencial? É importante encontrar, fora da empresa, organizações sociais onde possam extravasar seus dotes artísticos, atléticos, intelectuais, humanitários e assim por diante.

É assim que se constroem as competências.

Questão

O que dificulta adotar o enfoque de fortalecer os pontos fortes e evitar que as pessoas sejam colocadas em situações em que seus pontos fracos comprometam a qualidade dos resultados?



 

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