Eugen Pfister
As instituições públicas e privadas do setor social imaginam que têm o direito de incorporar tudo quanto é demanda em sua declaração de missão. É um erro. Aliás, é um erro fatal, pois afasta a instituição do que é razoável e a mergulha em um imenso debate sobre o que ela não poderá ser.
O propósito de uma escola é educar as crianças e adolescentes, o
que já é um enorme desafio. Só que ele é mensurável e pode ser realizado. Já tornar a
escola em elemento crítico da sociedade, uma usina de ideias e transformações,
preparar um aluno para analisar as diferentes possibilidades de uma situação e
escolher aquela socialmente correta, é impossível. Não existe consenso, nem
método, nem mensuração para essas coisas.
Uma
instituição pública ou privada é uma organização com o objetivo de produzir
determinado efeito. Se quiser abranger outros itens, ela se desvirtua, perde a
força original e se torna palco de um debate inconclusivo.
Certa vez, Peter
Drucker falou que a Associação Americana de Pulmão rejeitava tratar de
qualquer outro problema que não o pulmão, por mais premente que fosse, e isso a
tornava útil e prospera.
É preciso entender esse aspecto de toda e qualquer organização: ela
simplesmente não pode desviar-se da sua natureza sem perder o sentido. É isso
que torna as organizações efetivas, produtivas e contributivas: a
especialização.
Foco, É esse o
seu ponto forte e não há razões para abrir mão deles. É um convite ao bom senso
que é o que os pais e a sociedade esperam.
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