Eugen
Pfister
O
escopo do treinamento é melhorar o desempenho humano e organizacional.
Portanto, seu sucesso não está no que acontece na sala-de-aula, mas no que vier
a acontecer no dia seguinte.
O
segundo passo é não dispor de dados sólidos e objetivos a respeito do
desempenho anterior ao treinamento. Entende-se que não estamos confundindo
opiniões, juízos, palpites e feelings
sobre carências de treinamento com dados sólidos e concretos.
O
terceiro passo para enfraquecer o poder do treinamento é deixar de definir a
estratégia de transferência da aprendizagem e monitoramento do desempenho na
vida real.
Imaginar
que o treinando seja o único responsável pela aplicação do conhecimento ao
trabalho é ignorar a força dos usos e costumes, do peso do ambiente de trabalho
e da importância da liderança gerencial.
Ou
seja, a irrelevância do treinamento para os negócios ocorre quando prezamos
mais um evento isolado desse processo do que o conjunto e assim criamos o
treinamento focado em atividades e não o treinamento focado em resultados.
O
treinamento é uma atividade quando não somos capazes de comprovar os seus
efeitos e dizer: “senhoras e senhores, comparem o desempenho antes do curso com
o desempenho atual e vejam a diferença”.
A
verdade nua e crua é que, se não dá para
medir, não vale a pena investir.
O
problema está aí e, no fundo, o grande vilão é o paradigma da sala-de-aula que
tem dominado a indústria de T&D. Por melhor que sejam os cursos, os
instrutores e tecnologia de ensino, a prova dos nove do treinamento repousa nos
efeitos gerados nos meses e (por que não?), nos anos subseqüentes ao
treinamento.
Isso
é algo que os entusiastas do treinamento focado em atividades se esquecem.
Encantados com o conceito de learning organizations (organizações
que aprendem) eles ignoram que ela deve ser igualmente uma doing organization (organizações que fazem).
É
como diz um pensamento Zen: “saber e não
fazer ainda não é saber”.
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