domingo, 28 de abril de 2013

Frederick Taylor

Eugen Pfister


Fredrick W.Taylor foi um revolucionário. Suas ideias transformaram o capitalismo para sempre como observou Peter Drucker, sem os preconceitos que há tempo interferem na compreensão do taylorismo.

Sendo claro. Foram as ideias de Taylor sobre a revolução da produtividade que viriam a  ocorrer nos anos 50 do século passado que tornaram o marxismo irrelevante . Por muito tempo o conhecimento era aplicado para tornar processos, ferramentas, produtos e serviços mais produtivos e com mais qualidade. A mão de obra era, no geral, considerada um fator secundário.

Nesse sentido, Taylor (1856 – 1915) foi um pioneiro ao aplicar o conhecimento à engenharia do trabalho como força propulsora do capitalismo. Ao contrário de Marx, Taylor percebia que o conflito entre trabalhadores e capitalistas não era um problema estrutural e sim um problema que podia ser superado. A sua proposta era transformar o trabalhador em um elemento ativo e competente.

Seu projeto era criar um ambiente em que patrões e operários pudessem construir um entendimento em torno de interesses compartilhados. O conhecimento aplicado ao trabalho manual aumentava a produtividade e essa devia ser acompanhada pelo aumento dos salários e benefícios da classe trabalhadora.

Uma consequência dessa teoria foi a redução drástica do tempo necessário para que uma organização, região ou países conquistasse a habilidade necessária para ofertar produtos de qualidade e a menor custo. O “homem de primeira classe”, como ele chamava a nova classe,  podia por meio do  treinamento tornar-se uma realidade em questões de poucos meses.

Os Estados Unidos usaram as ideias de Taylor sistematicamente para produzir essa classe operária, tornando a sua economia mais forte que os demais países industrializados no período da Segunda Grande Guerra Mundial. Ter um aumento de 4% a cada ano era um argumento irresistível, a ponto de  atrair em pouco tempo outros países como Alemanha, Coreia do Sul, Cingapura, Japão e Taiwan.

Tudo isso mudou o antigo proletariado imaginado por Karl Marx na nova classe média. Em vez de se tornarem  uma sociedade proletária, os países desenvolvidas tornaram-se sociedades burguesas. Com isso, o sonho marxista da revolução operária naufraga com Frederick Taylor, ainda que parte da classe pensante continue a desprezá-lo.

Não é a primeira vez na história que um grande homem tenha sido desprezado. Mas a sua obra, ao contrário dos críticos, mudou para sempre o nosso conceito do trabalho e do trabalhador, criou a sociedade instruída e liderou a explosão dos talentos humanos.

2 comentários:

  1. Penso assim. Só existe empenho do trabalhador se esse sentir-se parte integrante da empresa, participando dela. Apenas por salário, aquele que pensa assim, eles próprios ficarão a merce do desenvolvimento. Consegue-se mais quando se doa e doar-se acontece quando se faz parte do todo. Uma viagem em pensamento. Não, é realidade!

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  2. Além do salário e existe a questão de dar um sentido vida! Concordo!

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