Eugen Pfister
Fredrick W.Taylor foi um revolucionário.
Suas ideias transformaram o capitalismo para sempre como observou Peter
Drucker, sem os preconceitos que há tempo interferem na compreensão do
taylorismo.
Sendo claro. Foram as ideias de Taylor
sobre a revolução da produtividade que viriam a
ocorrer nos anos 50 do século passado que tornaram o marxismo
irrelevante . Por muito tempo o conhecimento era aplicado para tornar
processos, ferramentas, produtos e serviços mais produtivos e com mais
qualidade. A mão de obra era, no geral, considerada um fator secundário.
Nesse sentido, Taylor (1856 – 1915) foi um
pioneiro ao aplicar o conhecimento à engenharia do trabalho como força
propulsora do capitalismo. Ao contrário de Marx, Taylor percebia que o conflito
entre trabalhadores e capitalistas não era um problema estrutural e sim um
problema que podia ser superado. A sua proposta era transformar o trabalhador
em um elemento ativo e competente.
Seu projeto era criar um ambiente em que
patrões e operários pudessem construir um entendimento em torno de interesses
compartilhados. O conhecimento aplicado ao trabalho manual aumentava a
produtividade e essa devia ser acompanhada pelo aumento dos salários e
benefícios da classe trabalhadora.
Uma consequência dessa teoria foi a
redução drástica do tempo necessário para que uma organização, região ou países
conquistasse a habilidade necessária para ofertar produtos de qualidade e a
menor custo. O “homem de primeira classe”, como ele chamava a nova
classe, podia por meio do
treinamento tornar-se uma realidade em questões de poucos meses.
Os Estados Unidos usaram as ideias de
Taylor sistematicamente para produzir essa classe operária, tornando a sua
economia mais forte que os demais países industrializados no período da Segunda
Grande Guerra Mundial. Ter um aumento de 4% a cada ano era um argumento
irresistível, a ponto de atrair em pouco tempo outros países como
Alemanha, Coreia do Sul, Cingapura, Japão e Taiwan.
Tudo isso mudou o antigo proletariado
imaginado por Karl Marx na nova classe média. Em vez de se tornarem uma sociedade proletária, os países
desenvolvidas tornaram-se sociedades burguesas. Com isso, o sonho marxista da
revolução operária naufraga com Frederick Taylor, ainda que parte da classe
pensante continue a desprezá-lo.
Não é a primeira vez na história que um
grande homem tenha sido desprezado. Mas a sua obra, ao contrário dos críticos,
mudou para sempre o nosso conceito do trabalho e do trabalhador, criou a
sociedade instruída e liderou a explosão dos talentos humanos.
Penso assim. Só existe empenho do trabalhador se esse sentir-se parte integrante da empresa, participando dela. Apenas por salário, aquele que pensa assim, eles próprios ficarão a merce do desenvolvimento. Consegue-se mais quando se doa e doar-se acontece quando se faz parte do todo. Uma viagem em pensamento. Não, é realidade!
ResponderExcluirAlém do salário e existe a questão de dar um sentido vida! Concordo!
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