segunda-feira, 13 de maio de 2013



A organização baseada nos pontos fortes

Eugen Pfister

 
É relativamente fácil concordar que os pontos fortes são muito importantes na escolha do subordinado. Parece lógico, intuitivo e até óbvio. Mas em seguida surgem algumas restrições, sendo a principal o que fazer com os pontos fracos. Eles estão aí, nos atrapalham e a maioria das pessoas está convencida que devemos trabalhar no sentido de superá-los, pois só assim nos tornaremos melhores profissionais.

Para outros, a minoria, os pontos realmente fracos são insuperáveis, simplesmente não devíamos estar numa posição em que eles sejam requeridos, ao menos não ostensivamente. Se estivermos, contudo, devemos ter consciência que são fracos e escutar outras vozes.

No final, tudo depende da perspectiva adotada. De um lado temos a organização do trabalho em que a maioria tem obrigações de cuidar dos pontos fortes e fracos. Os funcionários terão que dedicar parte do tempo ocupando-se de suas limitações.

De outro lado, existe a organização baseada nas forças, na qual cada um desempenha a maior parte suas atividades valendo-se de seus pontos fortes. Cada um usa as suas forças e no final todas as necessidades estarão cobertas. 

É simples.  Os pontos fortes são a única vantagem com as quais as organizações podem contar para construir o presente e futuro desejados. Afinal, quanto tempo podemos passar tentando   superar as fraquezas antes de sermos vencidos pelas próprias?

Ninguém tem esse tempo e mesmo que tivesse não traria benefícios, pois os pontos fracos também são inatos. Para nossa sorte, as organizações concorrentes também estão nesse jogo, portanto, não nos damos conta de que o erro está nas próprias regras que adotamos.

Como lembra Peter Drucker, nada destrói com maior rapidez o espírito da organização que insistir nos pontos fracos. No lugar do gestor aplicar tempo e dinheiro procurando superar as imperfeições, deve focar nas capacidades do seu pessoal.

Uma organização precisa tirar proveito da equação ponto forte versus ponto fraco. Elas precisam levar a sério que os indivíduos são diferentes e só podem contribuir apoiando-se naquilo que fazem melhor que a maioria das pessoas. Elas precisam reorganizar-se para aproveitar as forças.   

 

 

Questões

Como contar com uma força de trabalho dedicada a maior parte do tempo ao talento de cada pessoa?

O que aconteceria se organizássemos o trabalho quase que exclusivamente sobre os pontos fortes?

Vamos falar sobre isso?

 

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