segunda-feira, 13 de maio de 2013

O líder infalível

Eugen Pfister

Um líder apoiado nos pontos fortes não é uma pessoa infalível. Ele comete erros, porém, assume responsabilidade pelos próprios e às vezes são grandes os equívocos. Ninguém é infalível, porém, algumas pessoas estão acima cima da média e é isso que realmente importa.
Usando uma imagem do futebol, na maior parte das partidas sempre faz um gol, em outras faz muitos e em poucas não faz nenhuma. Veja Pelé ou Messi. Agora, juntando o desempenho numa série de jogos você logo descobre que eles estão, sistematicamente, acima da média.

E esse estar acima da média  os caracterizam.
Alguém que não erra culpa os subordinados pelas falhas ou até não erra, mas  é um gerente medíocre. Joga dentro ou abaixo da média, sempre preocupado em não criar problemas. Em compensação não inova, pois, não corre riscos.

O que sabemos sobre os negócios e as circunstâncias nunca é o suficiente ou previsível para acertar em todas as ocasiões. Há sempre uma margem de erro possível em cada jogada e um momento certo para arriscar. Reunimos os dados e os transformamos em informações, mas algo passa despercebido, fica fora ou não é visto como relevante, e assim está armada a teoria do caos.
Duas coisas  distinguem o jogador de alto desempenho dos seus pares. A primeira, já mencionei, ele assume a responsabilidade. A segunda, ele aprende mais rápido onde falhou e corrige suas falhas. Em outras palavras, ninguém aprende nada sem errar, pois, simplesmente não corre riscos, não inova.

O homem ou mulher de talento não se apresenta, necessariamente, como o grande e imbatível atleta. Esse é um erro de quem contrata e julga a exuberância pelos sinais externos. Seu talento não é requerido em muitas oportunidades, mas isso não quer dizer que não os possui. Ele pode até ser discreto, mas não é um tolo.
O sucesso não é estar certo o tempo inteiro. O desempenho deve ser avaliado em termos de onde essa pessoa se situa: acima, abaixo ou na média. Se estiver acima, ela é a pessoa certa para a posição, portanto, deve ser, em princípio, mantida.


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