Eugen Pfister
Deseja fazer uma diferença no seu pequeno ou grande mundo? Então
se concentre em descobrir quem você realmente é e cesse de imaginar quem você
poderia ser, porém, não será. Os psicólogos nos advertem acerca das ilusões a nosso
respeito. Como alimentamos crenças falsas sobre quem somos, porque somos
felizes e infelizes e todas essas coisas que chamamos de vida.
A questão é que perdemos um tempo enorme e, em certo sentido,
irreparável tentando ser quem não somos e nos esquecemos em ser quem somos.
Naqueles momentos em que as coisas estão bem, em que tudo funciona
razoavelmente a nosso favor, nem nos ocorre questionar o autoconhecimento.
E talvez tenhamos sorte de poder levar a vida desse jeito,
principalmente, se não somos acometidos do hábito de questionar a existência. O
TER, por exemplo, pode ser um substituto para o SER. Então, quanto mais possuo
me sinto mais realizado e com uma sensação de poder incomensurável. Se os bens
materiais não forma obtidos por meios ilícitos, não feriram os interesses de
ninguém, pode ser. A permuta ter versus
ser é uma opção; só que alguns querem mais, e têm todo direito de exigir uma
experiência diferente.
Só que muitos psicólogos e outras profissões voltadas à ajuda
também cometem o erro de ignorar a dificuldade de conhecer a si próprio e
participam do jogo “seja quem você quiser”.
São do grupo que prega “tente com mais afinco”, “você pode”, “basta
sonhar”, “pense num objetivo e vá a luta” etc. Enfim, esses profissionais
contribuem para o nosso delírio de nos tornarmos o avesso de quem somos.
Quando acertam é porque
atingiram o núcleo essencial da nossa personalidade, quando erram têm milhões de desculpas à disposição que se
ressumem em “você não se esforçou o bastante”.
Conhecer-se a si mesmo é a tarefa
mais difícil e decisiva da nossa existência. É, também, a mais negligenciada.
Normalmente pensamos nos objetivos de vida e carreira, ou seja, naquilo que queremos
ser, antes de pensar em quem somos.
Minha
tese é simples. Eu não posso ser o que
bem entender. Há limites individuais,
sexuais e socais que me impedem. Mas, e isso é importante, posso ser uma pessoa
brilhante, bem sucedida, tendo mais ou menos bens matérias, se me conectar com
meus talentos naturais. Aquelas forças
em estado embrionário que desenvolvidas me darão sucesso naquilo que faço.
Esse
é o verdadeiro desafio: descubra seus pontos fortes, desenvolva as competências
necessárias e seja uma pessoa realizada!
tem tanta gente por aí cultivando ilusões a respeito de si mesmo e dos outros... é praticamente uma epidemia
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